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Endividamento em Portugal: porque está a crescer e como proteger as tuas finanças

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Endividamento

Portugal atravessa um momento em que cada vez mais famílias sentem o peso das dívida e enfrentam uma situação de endividamento. Isto não é vergonha — é sinal de tempos difíceis. Mas há sempre formas de sair debaixo dessa carga. Vamos hoje mostrar-te o que revelam os números mais recentes, as causas principais, e soluções reais para gerir as dívidas.

Os números mais recentes: a realidade das famílias

  • Em maio de 2025, o endividamento das famílias chegou aos 164 mil milhões de euros, um aumento de 6,1% face ao mesmo mês do ano anterior. O Regiões
  • O endividamento do setor não financeiro (que engloba famílias, empresas e instituições públicas) atingiu 825,1 mil milhões de euros em março, sendo que 459,8 mil milhões desse valor são do setor privado (empresas + particulares). GEE+1
  • Para os particulares (famílias), o valor excedeu 160 mil milhões de euros no final de 2024. Esse montante está no nível mais alto dos últimos anos. Idealista+1

Estes números mostram que muitas famílias estão a usar crédito (habitação, cartões, consumos) para manter o dia a dia, muitas vezes com margens de manobra pequenas.

Principais motivos do aumento de dívidas

Há várias forças a empurrar para cima este endividamento. Aqui ficam as mais fortes:

  1. Inflação alta
    O custo dos bens essenciais – comida, energia, combustíveis – subiu bastante. Se compras mais caro e receitas não acompanham, tens de recorrer mais ao crédito ou usar reservas.
  2. Juros e Euribor
    Muitos créditos à habitação em Portugal são indexados à Euribor. Com a subida desta (e com as taxas do BCE a aumentar), as prestações mensais disparam. Isso pressiona muito quem já dedica uma parte grande do rendimento mensal ao banco. DECO+1
  3. Aumento do custo de vida em geral
    Habitação, transportes, impostos, alimentação — tudo ficou mais caro. Se o salário ou o rendimento não sobe no mesmo ritmo, tens de escolher: poupar noutras áreas ou recorrer a dívidas.
  4. Crédito fácil + utilização de cartões e facilidades de pagamento
    É mais comum usarmos cartão, dividir compras ou contrair “facilidades de pagamento”. Parecem soluções pequenas, mas no conjunto, acumulam encargos elevados.

Soluções práticas e reais para gerir dívidas

Não tens de ficar paralisado com as dívidas. Aqui tens estratégias para aliviar o peso:

  • Consolidação de créditos
    Junta vários empréstimos num só contrato. Isso pode permitir pagar uma prestação mensal menor, com condições (juros, prazos) melhores do que tens dispersos. Para obteres o teu crédito consolidado basta clicares aqui. Em Portugal, pedidos de consolidação aumentaram ~52% em 2024.
  • Renegociação com o banco
    Fala com o teu banco: talvez consigas rever o spread, alongar o prazo, mudar taxa variável para fixa ou outras condições. É importante pedires simulações para ver o que compensa.
  • Criar um fundo de emergência
    Mesmo que seja pouco, tenta reservar algo todos os meses para imprevistos. Gasolina avariada, conta médica, aumento de preços — ter um colchão financeiro evita que recorras sempre ao crédito rápido.
  • Orçamento mensal realista
    Faz uma lista de todos os teus rendimentos e despesas (fixas, variáveis). Fica a saber exatamente para onde vai cada euro. Depois identifica cortes possíveis (assinaturas que não usas, compras por impulso, luxos que podem esperar).
  • Prioriza dívidas com juros altos
    Se tens dívidas com juros muito altos (ex: cartões de crédito, crédito pessoal com taxas elevadas), tenta liquidá-las primeiro, porque são as que mais te drenam. Para liquidares as tuas dívidas com descontos até 50%, clica aqui.

Um toque humano: não estás sozinho e há alternativas

É importante dizer: não há vergonha em ter dificuldades financeiras. Muitas pessoas estão na mesma situação. O que importa é como reagimos. Admitir que tens dívidas não é fracasso — é o primeiro passo para retomar o controlo.

Tu mereces viver com mais tranquilidade. Se montas um plano, pedes ajuda (há consultas de apoio financeiro, associações de consumidores, bancos que oferecem mediação), as coisas melhoram.

Como proteger as tuas finanças

  • Os números provam: o endividamento está a aumentar, especialmente entre as famílias.
  • As causas são múltiplas, mas têm solução.
  • Com estratégias como consolidação, renegociação, orçamento e fundo de emergência, consegues aliviar a pressão.

Faz isto: pega num papel (ou numa app), lista todas as tuas dívidas, ordena por juros, vê se podes consolidar ou renegociar, e começa a criar uma reserva de apenas 5% do que consegues poupar. Passo a passo, vais ver a diferença.

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