O crédito pessoal pode ser uma solução rápida para concretizares projetos, organizar despesas ou lidar com imprevistos. No entanto, muitas pessoas acabam por assinar contratos sem fazer as perguntas certas. A pressa, as promoções e a linguagem complicada dos bancos fazem com que se ignorem pontos cruciais.
Estas são as questões que devias colocar antes de pedir um crédito e que podem poupar-te muitos euros a longo prazo.
Qual é a taxa de juro real que vou pagar?
Os anúncios costumam mostrar a TAEG (Taxa Anual de Encargos Efetiva Global) em letras grandes, mas o que importa é perceber como essa taxa vai impactar a tua prestação mensal.
Pergunta sempre:
- Qual é a TAN (Taxa Anual Nominal)?
- Qual é a TAEG e que encargos estão incluídos?
- Qual será o valor final que vou pagar no fim do contrato?
Muitas vezes, a diferença de 1% na taxa de juro traduz-se em centenas de euros ao longo dos anos.
As “taxas zero” e ofertas são mesmo vantajosas?
É comum veres campanhas com “0% de comissão de abertura” ou “primeira prestação gratuita”. Mas estas ofertas muitas vezes estão incluídas no preço total do crédito.
Vale a pena perguntar:
- O custo final do crédito com ou sem oferta é diferente?
- Estou a beneficiar realmente ou é apenas marketing?
Nem sempre o que parece uma poupança imediata compensa no longo prazo.
Que comissões estão escondidas no contrato do Crédito Pessoal?
Além dos juros, há custos que passam despercebidos:
- Comissão de abertura.
- Comissão de processamento mensal.
- Custos de reembolso antecipado.
Se planeias pagar o crédito antes do prazo, é importante confirmar se existe penalização. Caso contrário, podes acabar a gastar mais mesmo tendo poupado juros.
Qual é o prazo mais realista para pagar?
Quanto maior o prazo, menor é a prestação. Parece uma vantagem, mas há uma armadilha: ao estenderes o pagamento, vais pagar muito mais em juros.
Antes de decidir, faz esta reflexão:
- Quanto consigo pagar por mês sem comprometer o meu orçamento?
- Prefiro pagar menos todos os meses e gastar mais no total, ou esforçar-me um pouco mais agora e poupar no fim?
Encontrar o equilíbrio certo é a chave para não transformar o crédito numa bola de neve.
Não tem de ser um risco
Pedir crédito pessoal não tem de ser um risco, mas precisa de atenção. Colocar estas perguntas antes de assinar o contrato ajuda-te a perceber o custo real, evitar surpresas desagradáveis e escolher a solução mais vantajosa.
Mais importante ainda: um crédito deve servir para facilitar a tua vida, nunca para a complicar. A informação é a tua maior arma para proteger as tuas finanças.
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