Quando compras um carro novo, faz todo o sentido contratar um seguro auto com cobertura de danos próprios. A lógica é simples: se acontecer um acidente, tens a garantia de que o teu carro é reparado, mesmo que a culpa seja tua. Mas será que vale a pena continuar a pagar por esta proteção depois de o carro já ter vários anos e uma desvalorização significativa?
O que é a cobertura de danos próprios
A cobertura de danos próprios protege o teu carro em situações como acidente, vandalismo, incêndio ou fenómenos da natureza, mesmo que tenhas sido tu a causar o sinistro. Normalmente, é associada ao chamado “seguro contra todos os riscos”, embora na prática nunca cubra literalmente todos os riscos.
Este tipo de cobertura é especialmente vantajoso em carros novos ou de valor elevado, onde o custo de reparação pode ser muito alto. Para saberes mais, clica aqui.
Seguro auto: o impacto da desvalorização do carro
Todos os carros perdem valor ao longo do tempo, e essa desvalorização é rápida nos primeiros anos. Ao fim de cinco anos, muitos veículos já perderam entre 40% a 60% do valor inicial.
O problema é que as seguradoras pagam a indemnização de acordo com o valor comercial do carro na altura do acidente, e não com base no preço que pagaste quando o compraste. Isso significa que, quanto mais velho for o carro, menor será o valor que recebes em caso de perda total.
Quando compensa manter danos próprios
Mesmo após cinco anos, pode continuar a compensar-se:
- O carro ainda tiver valor de mercado significativo.
- Pretendes manter o carro por muitos anos e queres máxima proteção.
- Usas o veículo diariamente em contextos de maior risco (muito trânsito, estacionamento na rua, zonas de vandalismo).
- A franquia e o prémio anual não forem demasiado elevados face ao valor do carro.
Quando pode deixar de fazer sentido
Existem situações em que manter esta cobertura já não é financeiramente vantajoso:
- O valor de mercado do carro é baixo, tornando a indemnização pouco compensatória.
- O custo anual do seguro com danos próprios é demasiado alto face ao benefício potencial.
- Preferes canalizar esse valor para uma poupança que te permita substituir ou reparar o carro por conta própria.
Alternativas a considerar
Se chegares à conclusão de que os danos próprios já não compensam, podes optar por manter apenas coberturas essenciais como responsabilidade civil, assistência em viagem, quebra isolada de vidros ou proteção contra roubo e incêndio. Estas opções mantêm-te protegido em situações críticas, mas a um custo mais baixo.
Manter ou não a cobertura
Manter ou não a cobertura de danos próprios após cinco anos depende de uma análise simples: quanto vale o carro atualmente, quanto pagas pelo seguro e quanto perderias se acontecesse um acidente grave. Muitas vezes, após esse período, pode ser mais vantajoso ajustar a apólice e poupar no prémio anual.
No final, o importante é adequar o seguro à realidade do carro e às tuas necessidades, em vez de manter coberturas por hábito ou falta de informação. Para descobrires qual a melhor opção para ti, clica aqui.
Para saberes mais sobre Finanças, entre outros temas relacionados, acompanha-nos no nosso Blog e nas nossas redes sociais Facebook e Instagram.